O Instituto Mamirauá tem desempenhado um papel essencial na colaboração com o Governo do Amazonas. Recentemente, essas duas entidades intensificaram seus esforços conjuntos, visando enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas na região. Dessa forma, o Governo do Amazonas organizou uma programação técnica com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Parceria em Ação: Visitas e Avanços
Durante a programação técnica, o Instituto Mamirauá e o Governo do Amazonas realizaram visitas importantes. Especificamente, eles exploraram unidades de manejo sustentável de pirarucu e jacaré, além de laboratórios científicos flutuantes. Esses eventos ocorreram nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amanã e Mamirauá, localizadas no Médio Solimões.
Portanto, Tadeu de Souza, vice-governador do Amazonas, enfatizou a importância de ouvir os pesquisadores do Instituto Mamirauá. Ele destacou que os pesquisadores possuem um conhecimento crucial para embasar políticas públicas eficazes. “Eles têm contato direto com as populações interioranas e entendem bem a tecnologia social ligada à segurança alimentar e hídrica”, afirmou Souza. Como resultado, ele acredita que esta colaboração será o início de um arranjo institucional altamente promissor.
Resultados Positivos: Impactos na Região
Desde 1999, o Instituto Mamirauá tem se dedicado ao manejo participativo da pesca de pirarucu em 36 áreas protegidas da Amazônia. Assim, esse trabalho resultou em um aumento significativo no estoque natural da espécie, com uma recuperação de aproximadamente 620% nas áreas da RDS Mamirauá. Além disso, a renda dos pescadores locais também aumentou ao longo dos últimos 25 anos.
Além disso, João Valsecchi, diretor-geral do Instituto Mamirauá, apresentou um projeto inovador: um kit de tratamento emergencial de água. Esse kit, baseado em hipoclorito de sódio, pode tratar até 6 mil litros de água e atender uma família de cinco pessoas por dois meses. A tecnologia já foi adotada por prefeituras e deverá beneficiar 15 mil pessoas em áreas de conservação.
Medidas do Governo e Distribuição de Recursos
Enquanto isso, o Governo do Amazonas está tomando medidas significativas. Por exemplo, o estado está distribuindo 3 milhões de frascos de hipoclorito de sódio para todas as 62 secretarias municipais de saúde do Amazonas. Dessa forma, essa ação visa prevenir doenças transmitidas por água contaminada e proteger a saúde das populações locais. A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) está coordenando a distribuição desses recursos.
A Importância da Ciência na Tomada de Decisões
No início deste ano, o vice-governador Tadeu de Souza buscou soluções científicas para enfrentar a estiagem. Em consequência, ele iniciou tratativas com vários órgãos federais, como o Inpa, o CBA, a Embrapa e a Ufam. Em julho, o governador Wilson Lima criou o Comitê Técnico-Científico para apoiar o Comitê de Enfrentamento à Estiagem. Esse grupo, coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), inclui pesquisadores de diferentes instituições. Assim, o objetivo é melhorar a capacidade do estado de responder às condições adversas da seca, fornecendo suporte baseado em evidências científicas.