Braço pedagógico do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), a Escola de Contas Públicas (ECP) realizou, na manhã desta sexta-feira (29), o evento de encerramento do ano letivo de 2024 no auditório da Corte de Contas. A cerimônia reuniu servidores, estudantes, representantes do governo estadual, especialistas e membros do setor público e acadêmico.
O encontro marcou o fim do ciclo anual de atividades que contou com quase 7,5 mil inscritos distribuídos em 78 atividades pedagógicas tais como cursos, workshops, seminários, entre outros, além de 32 municípios do interior com participação ativa.
Em seu discurso, a conselheira Yara Amazônia Lins ressaltou a importância do papel pedagógico da Escola de Contas no aprimoramento da gestão pública. “Nossa escola tornou-se indispensável ao desenvolvimento dos gestores e servidores públicos, fortalecendo o controle social e difundindo conhecimento essencial à administração pública”, afirmou.
O coordenador da ECP, conselheiro Júlio Pinheiro, apresentou um balanço das realizações de 2024 e anunciou as iniciativas previstas para os próximos anos. Entre os destaques, ele ressaltou a ampliação do uso de inteligência artificial para expandir o alcance dos cursos à distância, incluindo populações indígenas.
“Nosso objetivo é ampliar o acesso à capacitação, utilizando tecnologia para superar barreiras geográficas. Queremos alcançar todos os cantos do Amazonas, tornando o conhecimento disponível para toda a sociedade,” pontuou.
Ainda durante o evento, foi assinado um protocolo de intenções entre o TCE-AM, a ECP e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para a implantação de um curso de mestrado em economia. O acordo fortalece a oferta de especializações voltadas ao controle externo e à administração pública.
O conselheiro-coordenador Júlio Pinheiro também mencionou a meta de transformar a ECP em uma Escola Superior de Contas Públicas, com a oferta de cursos credenciados pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Destaques de 2024
Ao longo do ano, a ECP ampliou sua presença digital em redes sociais e investiu em infraestrutura tecnológica, incluindo o uso de chatbots e inteligência artificial para facilitar o acesso a conteúdos pedagógicos.
Além disso, a escola promoveu a interiorização de cursos, garantindo a cobertura de mais municípios no estado. Iniciativas como o concurso “Soluções Sustentáveis na Amazônia” envolveram estudantes do ensino fundamental em temas relacionados à sustentabilidade, reforçando a integração da educação ambiental como eixo estratégico.
Programação e participantes
O seminário de encerramento contou com a presença de autoridades como o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Marcos Valente, e a desembargadora Vânia Maria Marques Marinho, além de representantes de órgãos como o Ministério Público de Contas, a Defensoria Pública do Estado e a Agência Nacional de Águas (ANA).
A programação técnica iniciou com uma palestra magna do professor José Galizia Tundisi, da USP, intitulada “Amazônia: Um Território Hídrico”. Seguiram-se painéis sobre o papel dos Tribunais de Contas na proteção ambiental, avanços no saneamento básico e desafios do novo marco regulatório, além de uma apresentação sobre o programa de monitoramento ambiental do Amazonas.
Texto: Pedro Sousa
Fotos: Joel Arthus