Governador Wilson Lima e a Crise Climática: Necessidade de Ação Integrada
Na última quarta-feira (21/08), em Brasília, o Governador do Amazonas, Wilson Lima, participou de uma reunião crucial com representantes do Governo Federal e líderes estaduais para discutir a crise climática que afeta o Brasil. O foco principal da reunião foi a necessidade urgente de uma ação integrada e contínua para enfrentar os desafios impostos pelas queimadas e pela estiagem na Amazônia.
A Crise Climática e a Ação Integrada
Wilson Lima sublinhou a importância de uma ação integrada contra a crise climática. Ele ressaltou que encontros como este são essenciais, mas precisam ser parte de um esforço contínuo e não apenas uma reação aos incêndios florestais atuais. “Poucas vezes tivemos uma integração e uma reunião como essa para colocar todo mundo na mesma página. Isso não pode só acontecer nesse momento em que a Amazônia está pegando fogo; tem que ser permanente e o ano todo”, afirmou Lima. Assim, ele enfatizou a necessidade de que a ação integrada contra a crise climática seja uma prioridade contínua, além de uma solução temporária.
Envolvimento dos Estados e Recursos Necessários
Embora o Amazonas seja responsável por uma parcela significativa dos focos de incêndio, mais de 70% desses focos estão em áreas sob jurisdição federal. Lima reiterou que a ação integrada contra a crise climática deve ser uma responsabilidade compartilhada. Portanto, ele enfatizou que as populações locais são as mais impactadas e, por isso, é crucial que todos os envolvidos trabalhem juntos para mitigar os efeitos dos incêndios. Afinal, não adianta apenas identificar a responsabilidade, se não houver um esforço colaborativo em toda a região.
Durante a reunião, coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, foram discutidos encaminhamentos importantes. Em primeiro lugar, um dos principais pontos foi a integração dos estados no Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman) do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA). O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) terá um papel ativo no combate às queimadas. Adicionalmente, o Governo Federal anunciou a criação de três frentes de trabalho em áreas críticas: Humaitá (AM)/Porto Velho (RO), Apuí (AM) e Novo Progresso (PA). Essas frentes trabalharão em colaboração com os estados do Amazonas, Pará e Rondônia.
Criação de Frentes de Trabalho e Solicitações de Recursos
Além disso, Lima fez um apelo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para liberar R$ 45 milhões do Fundo Amazônia. Esses recursos serão utilizados para fortalecer brigadas de incêndio e construir quartéis no sul do Amazonas. Portanto, ele também ofereceu os Centros Multifuncionais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) em Humaitá, Apuí e Boca do Acre como bases para as operações federais. Reforçando assim a ação integrada contra a crise climática, esses centros servirão como pontos estratégicos para a coordenação das ações emergenciais.
Dragagem dos Rios e Ações Emergenciais
Em uma reunião separada com Fabrício Galvão, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Lima abordou a situação das dragagens dos rios. O governador expressou preocupação com a rápida descida das águas em trechos críticos, como entre Benjamin Constant e Tabatinga, e a necessidade urgente de intervenções, especialmente no rio Amazonas, próximo a Itacoatiara. Assim, o Dnit comprometeu-se a acelerar os processos, com previsão de início das dragagens em setembro.
Portanto, Wilson Lima destacou a urgência dessas medidas para garantir a navegabilidade e a segurança nas áreas afetadas. Ele enfatizou que a ação integrada contra a crise climática deve incluir a gestão adequada dos recursos hídricos. Dessa forma, refletiu a importância de uma abordagem abrangente para enfrentar as múltiplas dimensões da crise ambiental.